Policial

Namorado acusado de matar Ângela em acidente é absolvido de homicídio e tem pena reduzida

Willian Júnior Moraes Guimarães estava na direção de um veículo Jetta, quando ocorreu o acidente na noite do dia 14 de maio do ano passado



Willian durante julgamento nesta quarta-feira. (Foto: Mirian Machado, Jornal Midiamax)




Willian Júnior Moraes Guimarães, acusado de provocar um acidente para matar a namorada Ângela Maria dos Santos Vieira, em maio de 2023, em Campo Grande, foi absolvido pelo crime de homicídio. Assim, ele teve a pena reduzida a 4 anos e três meses nesta quarta-feira (3).

Willian estava na direção do carro no momento do acidente.


O julgamento de Willian, que começou às 8 horas na 2ª Vara do Tribunal do Júri, encerrou com a absolvição pelo homicídio que vitimou Ângela e o Conselho de Sentença o condenou por lesão corporal contra as outras duas vítimas do acidente, pois foi entendido que a intenção não era matá-las.

Willian teve a pena reduzida para quatro anos e três meses de prisão em regime semiaberto. Porém, por ter ficado preso desde 15 de maio do ano passado, ele já cumpriu 1/6 da pena do regime fechado e, por este fato, o juiz progrediu para o regime aberto.

Ele ainda foi condenado a pagar R$ 15 mil de indenização a condutora do veículo Tracker envolvido no acidente, que ficou ferida. Em relação à segunda vítima, um homem que estava no banco traseiro do Jetta onde estava Ângela, não desejou que Willian fosse responsabilizado penalmente.


No dia quando Ângela morreu, o namorado dela apresentava sinais de embriaguez e se recusou a fazer o teste do bafômetro. No carro, várias garrafas de cerveja foram encontradas. Além disso, ele confessou que estava em um bar junto dos passageiros desde as 17h30, quando resolveram à noite ir embora.

Ana Carolina, amiga de Ângela, que compareceu no julgamento, se pronunciou sobre os fatos. “Ele não tem amor por ela nem pela vida dele mesmo. Amor é cuidado e ele não cuidou”, disse. Ela não acredita em perdão, já que Willian cometeu três crimes – passou no sinal vermelho, estava bêbado e em alta velocidade.

A amiga lembrou que ficou sabendo da morte de Ângela pelos jornais. “Fico até arrepiada. Não é uma doença, que você se prepara, foi um acidente”, disse Ana Carolina.

Sinal fechado e morte na avenida Mato Grosso no Dia das Mães
O acidente aconteceu por volta das 22 horas do dia 14 de maio, num domingo de Dia das Mães, entre um veículo Jetta e um Tracker. No Jetta, estavam Angela no banco do passageiro dianteiro, o motorista de 25 anos e mais um passageiro no banco traseiro. Eles seguiam pela Avenida Mato Grosso, quando, no cruzamento com a Rua Dr. Paulo Machado, o motorista teria avançado o sinal vermelho.

Ao passar no semáforo vermelho, o motorista acabou batendo na Tracker que era conduzida por uma mulher de 27 anos que acabou quebrando o braço com a colisão.

Segundo informações policiais, após a batida, o Jetta foi lançado sobre o canteiro, subindo na calçada e batendo no muro de um estabelecimento comercial. Já o outro veículo rodou na pista e parou no meio da rua.

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e tentaram a reanimação de Angela, mas ela não resistiu e morreu no local.